As mudanças no mercado de trabalho não param e tornam-se mais evidentes com a chegada de novas gerações, como a Y e a Z. Transformações na comunicação e tecnologia reforçaram a necessidade de mudanças, incluindo as novas modalidades de trabalho, como o modelo de plano de carreira em W.
O mercado de trabalho operava em um sistema limitado. Nele, seus profissionais cresciam gradativamente dentro das empresas, até chegarem à posição de liderança, de maneira linear. Contudo, com o avanço do tempo, as organizações perceberam que alguns perfis profissionais eram incompatíveis com essa lógica.
Conheça então o modelo de plano de carreira em W e saiba como essa avaliação de performance pode contribuir com a carreira da sua equipe:
As novas possibilidades das carreiras profissionais
A chegada de novas tecnologias e o surgimento e a evolução dos smartphones e redes sociais impactou o relacionamento entre trabalhadores e empresas. Atualmente, essas duas esferas têm uma conexão tão potente, que permite inclusive o trabalho remoto.
O aumento da confiança e do conhecimento entre as partes fez surgir dois tipos de carreiras – o modelo de plano de carreira em Y e o modelo de plano de carreira em W. Ao invés de seguir a linearidade mencionada no início deste artigo, os profissionais notaram a possibilidade de seguir carreiras paralelas dentro da organização.
A primeira, conhecida como carreira em Y, se tornou ideal para aquele trabalhador que tem vasto conhecimento teórico e prático. Por meio dela, o profissional tem a chance de dedicar seus esforços aos próprios talentos e qualidades. Em compensação, a empresa consegue distribuir melhor o capital humano entre as oportunidades.
O modelo de plano de carreira em W, foco do nosso artigo, foi proposto por Roberto Pierre Rigaud, empresário com quase três décadas de trabalho em Recursos Humanos. A carreira em W direciona o profissional para um alto grau de versatilidade e flexibilidade entre os cargos disponíveis das empresas.
O objetivo do modelo de plano de carreira em W é tornar líder todo profissional, mantendo suas especialidades. Na prática, o técnico que coloca a mão na massa também pode ser um líder. Para isso, vários elementos devem garantir a flexibilidade, versatilidade e dinamismo para todos.
O colaborador precisa ser capaz de administrar a própria rotina e dedicar sua atenção às tarefas e práticas de liderança, valorizando o talento de cada membro de sua equipe. Em contrapartida, a empresa precisa ser a base necessária para sustentar as ações de seus colaboradores.
Etapas do planejamento no modelo de plano de carreira em W
Incentive a autoavaliação
Se você identifica um profissional com perfil para seguir o modelo de plano de carreira em W, como primeiro passo, incentive a autoavaliação. É fundamental que esse colaborador se conheça e reconheça seus pontos fortes e os que precisam melhorar.
Durante o processo de autoavaliação, ele analisará seus talentos e habilidades, identificando o que é necessário para dar os próximos passos na busca pela realização profissional. Disponibilize ferramentas, mecanismos e ajuda profissional para que esta etapa seja realizada.
Ajude no estabelecimento de objetivos e metas
Questione o profissional sobre o patamar em que ele deseja estar em alguns anos e pergunte como ele deseja estar até chegar lá. Isso é fundamental para que os objetivos sejam definidos com clareza para todos. Essa definição é importante para que as metas sejam traçadas.
Um objetivo, mesmo que simples, precisa de planejamento para ser alcançado – e não é diferente com o modelo de plano de carreira em W. Esse caso requer etapas mais curtas para estimular o crescimento. Assim, as metas equivalem aos degraus que serão percorridos pelo profissional.
Trace estratégias para alcançar o ponto desejado
Para que o modelo de plano de carreira em W tenha sucesso, é necessário que, depois da autoavaliação – definidos os pontos fortes e os que precisam de atenção -, seja indicado o caminho a ser percorrido para alcançar o objetivo. Aí entram os cursos, aperfeiçoamentos, treinamentos e afins.
A ajuda da companhia é essencial nesse processo. O receio de preparar o profissional para a concorrência não deve existir. Prepará-lo para o futuro é cuidar dos interesses da própria companhia.
Os benefícios do modelo de plano de carreira em W
Quando o modelo de plano de carreira em W é incentivado dentro das organizações, o profissional alcança o perfil de trabalho desejado pelo mundo corporativo: o de profissionais autogerenciáveis — algo muito diferente daquela linha de comando engessada e pouco dinâmica existente nas empresas.
Com isso, a companhia reduz gastos com contratações e demissões, pois vê o profissional que tem interesse em outras áreas como uma chance de mudança interna. O dinamismo do modelo de plano de carreira em W permite levar o conhecimento de uma área para outra.
No modelo de plano de carreira W, portanto, todos os profissionais podem alcançar novas oportunidades dentro da companhia. Tudo dependerá do preparo dele para que isso aconteça. E, para facilitar esse processo, a empresa pode criar cargos equivalentes em suas diferentes áreas.
O cargo de Analista Pleno, por exemplo, funciona na área de Recursos Humanos e em muitas outras. O que muda, basicamente, são os requisitos de cada departamento.
Assim, o profissional que pode contribuir com outros setores consegue obter os mesmos direitos de evolução no modelo de plano de carreira em W, sem precisar, necessariamente, de uma outra formação a partir do zero.
Perceba que aí você se depara com outra mudança envolvendo o processo de seleção. Ele precisa ser mais moderno e dinâmico, distante dos métodos tradicionais. Identificar talentos em outras áreas passa a ser uma missão que reduz a quantidade de contratações incompatíveis com o perfil de cada cargo.
Como tendência de mercado de trabalho, o modelo de plano de carreira em W contempla uma maior quantidade de oportunidades entre os membros das equipes. Permitir essa troca de experiências e conhecimentos valoriza as contratações e a estratégia da companhia, bem como seus objetivos.
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